Teu murmúrio será meu abrigo
Ouvirei teu movimento desesperado
Acalmar o silêncio que está comigo
E despertar o grito silenciado
Sentirei o cheiro do voraz castigo
Que fez o sangue sujo ser lavado
As águas do teu frio lamento
Escorrerão para o céu fechado
Abrirão sem usar argumento
As paredes que sobem ao teu lado
Queimarão toda a dor do pensamento
Que faz descer a lágrima do rosto angustiado
Vamos respirar a luz que cobre o futuro
E descobrir que o destino não está marcado
Vamos abrir as portas do escuro
E sentir o brilho ecoar por todo lado
Quebrar o teto do nosso casulo
E soltar o medo que está no peito cravado
(1991)
domingo, 1 de janeiro de 2012
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