sábado, 4 de setembro de 2010

Dancing with Lady Death

I can see the valley
I can see the flowers
The wind blows the way
The clouds cover the towers

They dance happily
All together hold hands
Running and jumping lightly
As never seen the these lands

No more sorrow
No more pain
No more tomorrow
No more rain

And is so sublime
The whiteness of their faces
The dark brightness of their eyes
So much glory and grace

They go up the hill
To meet the great mother
She awaits with sweetness and thrill
All the answers she can offer

domingo, 15 de agosto de 2010

Por Baixo da Porta

De repente, um vento de esperança passa ao seu lado. Era o carteiro que lhe tinha deixado um envelope por baixo da porta. Apressou-se em abri-lo sem deixar de notar que não havia remetente. Àquela altura era possível haver alguém que lhe admirasse anonimamente? Era apenas um engano? Será que alguém já o bservava e estava apenas esperando o momento ideal pra se manifestar? Também já não é mais costume escrever cartas. Por que não um e-mail? O momento da entrega da carta teria sido calculado? Suas mãos tremiam enquanto tentava abrir o envelope com cuidado para não rasgar o conteúdo. Percebeu que havia um bom volume, pois o papel estava dobrado em algumas vezes. Seria um simples cuidado para que terceiros não pudessem ver o conteúdo? Ou realmente havia muita coisa escrita? Quem poderia ter tanto pra lhe dizer? Tantas e tantas vezes ele esperou um sorriso ou um simples aceno e só agora alguém lhe notara? Enquanto desdobrava o papel olhou de relance para o envelope agora jogado no chão e sentiu algo muito estranho. Parecia algum lampejo de felicidade por ter recebido a carta. Ao mesmo tempo estava decepcionado e até um pouco irritado por isso não ter acontecido antes. Por um instante pensou em não abrir e deixar tudo como estava. Valeria a pena arriscar uma surpresa daquelas? Talvez fosse melhor ignorar esse incidente e deixar tudo como estava nos planos. Mas as horas por que passava não lhe minimizaram a curiosidade e ele abriu o papel. Triste cena, pobre homem! A revelação da sua vida. O resumo da sua obra. O papel estava em branco! Não tinha mais perguntas. Tudo chegou a seu termo. O silêncio pálido daquele papel era a prova cabal de que viveu coerentemente com o seu destino e com seu espírito. Ao invés de qualquer outro sentimento, sentiu paz. A luz parecia ganhar intensidade e se espalhar por todo o ambiente e uma serenidade sem par lhe tomou por completo. Abriu um largo sorriso enquanto o vermelho que escorria do seu pulso engoliu a brancura e o papel repousou ao lado de sua mão aberta, de seu braço estendido.

sábado, 7 de agosto de 2010

Caminho

Não sei o que vejo
Sinto tanto desejo
Meu sonho não é mais o mesmo
Parei de andar a esmo
Sinto a luz que me acende
Ascende, afaga e entende
Suaves pétalas que abraçam
Aos poucos, nós desembaraçam
Extingue a dor que despedaça
Arranca de vez a mordaça
Paixão que embebe os sentidos
Norteia e deixa perdido
Luz áurea que entorpece
Aura que envolve e aquece.